domingo, 7 de novembro de 2010

Capitulo 10



Fiquei completamente paralisada. Não estava nada à espera de um pedido de casamento assim tão… tão… não há palavras para descrever. Era obvio que tinha sido uma boa surpresa, claro que eu queria casar com ele, era uma das coisas que eu mais queria neste momento. Queria dizer-lhe que sim e abraça-lo com todas as minhas forças, mas não conseguia encontrar a minha voz nem mover os meus músculos.
Enquanto tinha esta discussão comigo mesma o Brian continuava com a caixa vermelha que continha o anel prateado na mão e com uma expressão esperançosa no rosto. Cada vez ficava com o seu rosto mais triste como se fosse perdendo a esperança a cada minuto que passava.
- Mandy!? Diz qualquer coisa por favor! Eu sabia! Eu sabia que ainda era muito cedo para isto! Mas se não quiseres diz-me já! Não te quero pressionar.
- Brian… - disse quando finalmente consegui falar - de que estás à espera para me colocares esse anel no dedo? É claro que quero casar contigo meu amor. Nem é tarde, nem é cedo, é a altura certa!
Ele pegou no anel que parecia demasiado frágil comparado com a sua mão trémula e colocou-o no lugar onde pertencia - o meu dedo. Depois aproximou-se de mim - demasiado lentamente do meu ponto de vista - e alguns segundos depois os meus lábios já estavam juntos aos dele a beijarmo-nos intensamente. O telemóvel do meu amor começou a tocar e este tentou ignorá-lo por momentos até eu afastar os nosso lábios.
- Atende, pode ser importante.
- Nada é mais importante que tu! - Disse como se fosse algo obvio enquanto retirava o telemóvel do bolso das calças. - Estou? ... Sim … Ah, obrigado … Nós já vamos. És a maior! - Depois desligou o telemóvel e voltou a coloca-lo no bolso. - Vamos para casa.
Percorremos todo o caminho de regresso a casa lentamente e de mãos dadas. Aproveitei para perguntar ao Brian quem é que lhe tinha ligado e ele respondeu “a Alice” com a maior das calmas, mas quando lhe perguntei o porquê de lhe ter ligado ele apenas encolheu os ombros e disse “depois vês”. Pelo caminho passamos pela casa do Jacob porque o Brian tinha um assunto para falar com ele. Eu aproveitei para estar um bocado com a Nessie, a conversa foi-se prolongado e só fomos para casa ao anoitecer.
Quando chegamos a casa o Brian mostrou-se um pouco hesitante em entrar.
- O que se passa? - Tentei saber.
- Espera aqui, eu já venho! - Dito isto entrou em casa e fechou a porta. Uns segundos depois já estava novamente a abrir a porta. - Espero que gostes. - Disse-me fazendo sinal para eu entrar.
Quando entrei em casa deparei-me com dezenas de velas que ladeavam o corredor de ambos os lados em direcção à sala. Segui o caminho que as velas me indicavam e quando cheguei à sala nada parecia real, era tudo demasiado bonito, demasiado mágico. A mobília tinha sido movida de lugar e agora no centro da sala estava uma mesa com tudo o que era necessário para um jantar romântico - nem mesmo as velas a decorar o centro da mesa faltavam. Ouvia-se uma música de fundo calma vinda do rádio e o sofá estava encostado à parede com algumas pétalas de rosas vermelhas e brancas a cobri-lo desordeiramente, por cima das pétalas, no centro do sofá, estava um vestido vermelho com um papel colocado por cima. Olhei para Brian que assistia a esta minha avaliação de cenário sem pronunciar uma palavra e este incentivou-me a prosseguir.
Segui na direcção do vestido e li o que dizia no papel:
“Amanda, espero que gostes da surpresa. Este vestido é para usares durante o jantar. Beijos Alice”
- Foi a Alice?
- Tu sabes que eu não conseguia fazer isto tudo sozinho!
- Obrigada - disse abraçando-me a ele. Ainda não conhecia esta Alice. Apenas sabia que ela era tia da Nessie, mas estava tudo realmente maravilhoso, até mesmo o vestido. Um dia irei agradecer-lhe.
- É melhor ires vestir-te… Temos uma jantar para devorar - disse piscando-me o olho.   
Peguei no vestido e dirigi-me ao quarto.

        









Vestido da Mandy ;)






Olá!! Este capitulo está um pouco mais pequeno que o normal. Espero que gostem, e das imagens também.
Beijinho (:  Comentem ^^

domingo, 10 de outubro de 2010

Capitulo 9

Eu e Brian chegamos a casa muito mais rápido do que se tivéssemos feito a viagem de carro. O Brian estava cansado por ter andado a fazer rondas com os outros lobos, por isso adormeceu no sofá depois de jantar. Fui buscar um cobertor ao armário e coloquei-o com cuidado sobre o corpo dele para não o acordar. Depois fui para o quarto e deixei-me adormecer sobre a cama.

Acordei a meio da noite, peguei no meu telemóvel para ver as horas e este marcava 4:20. Tinha voltado a ter o pesadelo da noite passada, mas agora sentia-me ainda mais assustada que na noite anterior - talvez se devesse ao facto de finalmente ter conhecido dois vampiros a sério, embora não consiga imaginar os pais da Nessie como dois vampiros “maus”, agora sentia um medo tremendo de todos os vampiros, até mesmo dos pais da Nessie. Sei que todos estes meus medos deixam de existir durante o dia, para mim a noite torna-se realmente assustadora neste lugar onde os impossíveis acontecem. Decidi tentar adormecer novamente, mas mal fechei os olhos aquela imagem do vulto sedento pronto a atacar-me voltou a assombrar-me a mente. Não iria conseguir voltar a adormecer - mesmo estando cheia de sono - não conseguia esquecer aqueles olhos vermelhos do meu pesadelo.
Levantei-me e dirigi-me à casa de banho. Depois de tomar um banho e lavar os dentes vesti umas calças de fato de treino e uma t-shirt velha, sequei o cabelo e prendi-o atrás da nuca. Recolhi a roupa suja que estava espalhada pela casa e meti-a a lavar na máquina. Fui para a cozinha e tomei o meu pequeno-almoço, depois fui para a sala. O Brian ainda dormia, sentei-me no chão encostada ao sofá onde ele estava deitado e deixei a minha mente vaguear por todos os momentos que passamos juntos - o dia em que nos conhecemos, o nosso primeiro beijo, a nossa primeira noite juntos e a volta de 180º que a nossa vida deu desde que nos mudamos para La push. Tudo era muito mais simples quando ele ainda não era lobisomem. Agora nada era simples, a minha cabeça estava cheia de preocupações e perguntas sem resposta, sentia que ultimamente andava mais nervosa que o normal - embora não o demonstrasse. Tentava mentir a mim mesma justificando o meu nervosismo com a vinda para La Push, mas a verdade é que o que me fazia estar nervosa era o facto de a minha menstruação não ter aparecido. Isto não é normal em mim, por isso estava tão nervosa, por um lado sabia o motivo que levava a este atraso menstrual, mas não queria acreditar que tal fosse possível. Todas estas dúvidas poderiam terminar com um teste de gravidez ou uma simples ida ao ginecologista, mas não me queria arriscar a isso porque tinha medo que descobrissem algum problema em mim - motivo pelo qual resolvi esperar mais um pouco como uma cobarde.
Mas… e se eu estivesse mesmo…grávida? Não me conseguia imaginar a desempenhar esse papel, não seria uma boa mãe. Como é que o Brian iria reagir a isso? Tenho a certeza que ele não me iria abandonar, mas… chega de pensar nisso!
Encostei o meu rosto ao braço de Brian e deixei-me embalar pelo som suave do seu ressonar até que acabei por finalmente conseguir voltar a adormecer.
Quando abri os olhos apercebi-me que não estava no sítio onde adormecera. Em vez disso estava no quarto ao pé de Brian e este sorria-me sentado ao fundo da cama com um tabuleiro cheio de comida sobre as pernas.
- Bom dia dorminhoca! Preparei-te o pequeno-almoço!
- Bom dia meu amor! - Disse enquanto me tentava sentar. Sentia um pouco de resistência no meu corpo, como se este se recusasse a mover, doía-me as costas e o pescoço. O Brian deve ter percebido na expressão do meu rosto. E respondeu-me com um encolher de ombros.
- Não admira que sintas dores! Onde é que estavas com a cabeça quando decidiste adormecer sentada no chão da sala? Não era mais fácil acordar-me para vir contigo para o quarto?
- Estavas a dormir tão bem que não tive coragem… Eu tentei dormir no quarto mas acordei a meio da noite, tive um pesadelo. - Quando disse isto voltei a lembrar-me das imagens que me assombraram durante a noite, agora não pareciam tão assustadoras, mas mesmo assim estremeci com a recordação.
O Brian pousou o tabuleiro sobre a mesinha de cabeceira e puxou-me para o seu colo, moldei-me ao seu corpo enquanto ele me beijava a cabeça. Levantei o meu rosto debatendo-me contra os meus músculos doridos e levei os meus lábios ao encontro dos seus. O Brian deitou-me sobre a cama e colocou-se sobre mim, o calor do seu corpo era contagioso e fazia com que sentisse cada vez mais necessidade de quebrar aquela barreira que nos separava - as nossas roupas. Comecei a despir-lhe a t-shirt e quando finalmente a consegui retirar o meu estômago gemeu de fome. Ignorei o som do meu estômago em protesto, pois a “fome” que sentia agora era mim vezes maior que a necessidade de ingerir alimentos. Pelo contrário, Brian começou a afastar-se de mim.
- É melhor que tomes o pequeno-almoço - sussurrou-me ao ouvido beijando-me o pescoço em seguida.
- Oh… estava a gostar tanto. - Fiz um pequeno beicinho.
- Eu também, mas vamos poder tratar disto mais tarde. - Disse com um sorriso malandro.
- Mas tu agora estás sempre com a alcateia e… - silenciou-me colocando-me o dedo indicador sobre os lábios.
- Eu falei com o Jake e ele disse que hoje podia passar o dia todo contigo, por isso, hoje és toda minha! - Deu-me um beijo suave nos lábios.
Depois de tomarmos o pequeno-almoço tentei usar os meus desajeitados “truques de sedução” para convencer o Brian a terminar o nosso assunto pendente. E, por incrível que pareça, ele não ofereceu resistência e ficamos no quarto até à hora de almoço.
Depois de almoçarmos o Brian convidou-me para darmos uma volta pela praia e como é óbvio eu aceitei! Sentamo-nos na areia fria e ficamos ali abraçados sem pronunciar nenhuma palavra durante algum tempo. O Brian fixava o olhar num ponto algures no oceano, mas rapidamente percebi que a sua cabeça estava bem longe dali.
- Mandy… Eu tenho uma coisa para te dizer, … ou melhor, … perguntar. - Ele estava excepcionalmente nervoso, e eu não percebia porquê.
- Diz… - Tentei incentivá-lo.
- Bem, eu não tenho lá muito jeito para isto, mas tu és a pessoa mais importante na minha vida, na realidade até és mais importante que a minha própria vida. Para mim todo este mundo não teria importância nenhuma se tu não fizesses parte dele. Por isso quero que faças oficialmente parte da minha vida e que toda a gente perceba o quanto eu te amo e como tu és importante para mim. – Ele estava a tremer e não entendia porque me estava a fazer uma declaração amorosa. Retirou uma caixinha vermelha do bolso e abriu-a à minha frente… a caixa continha um anel prateado com inúmeros diamantes que reflectiam todas as cores do arco-íris. Era o anel mais bonito que alguma vez tinha visto. Respirou fundo duas vezes e continuou. - Amanda, aceitas casar comigo?

Olá! Peço imensa desculpa pelo tempo que demorei a postar este capitulo, mas tenho tido pouco tempo e a inspiração não era muita,, lamento se isto estiver demasiado vergonhoso mas foi o que eu consegui escrever...  O que acharam da declaração do Brian? Foi demasiado lamechas ou muito superficial?


Beijinhos (:

domingo, 19 de setembro de 2010

Capitulo 8

Tal como tínhamos combinado, a Nessie apareceu na minha casa meia hora depois do telefonema.
Estávamos no interior do carro e o silêncio manteve-se durante alguns minutos em que apenas se ouvia o som do carro em movimento, a nossa respiração e a melodia de fundo que dava um ambiente mais “natural” ao carro. Tentei lembrar-me de todos os compositores que conheço, mas não reconhecia aquela música.
- Que música é esta? - Deixei levar-me pela curiosidade.
- Essa música é uma canção de embalar que o meu pai compôs para a minha mãe quando ela era humana. - Era engraçado ver a Nessie a falar do pai, podia-se dizer que ela era uma “filha babada”. Começo a achar que os vampiros são bem mais humanos do que eu imaginava, agora até tocam piano e compõem canções de embalar! Qual será a minha próxima descoberta?
Estou a ficar obcecada com isto dos vampiros e lobisomens, cada vez tenho mais vontade de descobrir todos os detalhes deste mundo, eu deveria querer o contrário - fugir em vez de me envolver mais -, mas a verdade é que já estou super envolvia porque afinal namoro para um lobisomem. Um simpático, lindo e musculado lobisomem. Sem querer deixei escapar um suspiro enquanto pensava nos atributos físicos do meu Brian.
- Que suspiro foi esse? - Soltou uma gargalhada.
- A música do teu pai é mesmo muito bonita. - Tentei fugir à verdadeira resposta, mas algo na expressão do rosto da Nessie indicava que ela tinha percebido o verdadeiro significado do meu suspiro.
- Pois - fez um sorriso meigo.
Quando cheguei a casa da Nessie não estava lá ninguém. Senti-me mais calma em saber que não iria ter de estar com vampiros a sério. Durante a tarde estivemos a ver um filme - um romance - e como já era abitual emocionei-me em todas as partes mais comoventes e triste do filme, quando dava por mim já estava a soluçar. Detestava ser tão sensível! Mas para minha grande satisfação reparei que os olhos da Nessie estavam a brilhar com as lágrimas que lutavam por percorrer o seu rosto na parte em que os protagonistas do filme decidiram que o melhor para eles era viverem separados.
- Felizmente acabou bem - disse no final do filme enquanto limpavas as lágrimas do rosto. - Definitivamente os romances não são o meu forte, normalmente tento evitar ver filmes dessa categoria. Já não me emocionava tanto num filme à algum tempo. - Soltei uma gargalhada sonora e a Nessie juntou a sua gargalhada à minha.
- Talvez seja melhor vermos uma comédia da próxima vez.
Começamos a falar dos filmes que tínhamos visto, dos que mais gostávamos e até mesmo dos que esperávamos ver. Distraímo-nos com as horas e já começava a escurecer quando alguém abriu a porta de entrada. Quando olhei para ver quem era vi uma mulher de estatura média, magra e de pele pálida. Os olhos eram dourados e era provavelmente uma das mulheres mais bonitas que tinha visto até hoje. Mas o que mais me distraiu foi ver que ela não estava sozinha. Atrás dela entrou um homem lindo de morrer! Era alto e também era magro, tinha cabelos cor de bronze e os olhos num dourado hipnotizante. Tinha vestido uma t-shirt preta que lhe assentava perfeitamente, aumentando a sua beleza...
- Mandy, - disse Nessie fazendo com que parasse com o meu raciocínio estúpido - estes são os meus pais, o Edward e a Bella Cullen. Pai e mãe esta é a Amanda. - Apresentou-nos enquanto gesticulava com as mãos na nossa direcção. 
Só depois me lembrei do que a Nessie me tinha dito em relação aos talentos da sua família. Na altura ela referira que o seu pai tinha o dom de ler pensamentos - o que queria dizer que ele esteve a ouvir todos os elogios que eu lhe tinha destinado.
Sentia-me um pouco embaraçada em relação a isso, mas ele já devia estar farto de ouvir coisas do género, por isso não me importei muito.
- Prazer em conhecer-te Amanda. - Pronunciou Bella com um sorriso de “boas vindas” no rosto. Respondi ao seu sorriso dando-lhe outro em troca. O Edward também me deu um meio-sorriso - talvez para evitar que eu ficasse ainda mais deslumbrada.
Era estúpido sentir receio de criaturas tão bonitas, tinha passado toda a tarde com medo de ver algum vampiro, mas agora que os via em vez de ter medo deles sentia-me enfeitiçada com a beleza que eles possuíam.
- Jake! - Gritou a Nessie toda eufórica começando a correr em direcção à porta. Segui-a e mal passei a porta vi-a abraçada a Jake. Ouvi um barulho no meio da vegetação e quando olhei para ver o que se passava vi a pessoa que mais ansiava por ver naquele momento. Corri na sua direcção e abracei-o com toda a minha força - que não era nada em comparação à dele - e dei-lhe um beijo suave nos lábios.
- Vim buscar-te - disse com um sorriso de cortar a respiração - vamos para casa.
Despedimo-nos da Nessie e do Jake e dirigimo-nos ao interior da floresta de mãos dadas. Quando ficamos “escondidos” pela vegetação o Brian começou a tirar os seus calções, não estava a entender porque fazia aquilo mas não me importava, ele já estava de tronco nu e ao retirar os calções ficou sem qualquer peça de roupa a cobrir o seu maravilhoso corpo. O Brian deve ter reparado na minha expressão que estava completamente contemplada com o seu corpo nu. Depois aproximou-se de mim com um sorriso algo perverso e puxou-me pela cintura contra o seu corpo, começando a beijar-me intensamente, deixei-me levar pelo seu beijo. A minha pele ardia em chamas em todos as partes do meu corpo que estavam em contacto com o seu. Uma onda de desejo percorria-me de alto a baixo e não sabia como me controlar. Tentei encontrar forças para me afastar daquele desejo, mas rapidamente percebi que não ia conseguir. O Brian começou a afastar-se de mim - um pouco contra a minha vontade - e deu duas passadas grandes para trás. O seu corpo começou a tremer convulsivamente e num instante já não era o Brian que estava à minha frente, mas sim um lobo enorme que me fez recordar daquela tarde na praia em San Francisco que eu tanto ansiava por esquecer. O lobo baixou-se e percebi que estava à espera que eu subisse para o seu dorso. Fiquei parada onde estava, sentia demasiado receio daquele animal para me aproximar mais dele. O lobo deu-me um pequeno empurrão com o focinho e quando o olhei nos olhos percebi que havia uma onda de divertimento no seu olhar, era o olhar característico de Brian ao qual eu nunca conseguiria resistir. Era patético ter medo do lobo, porque na realidade não era um lobo como os outros, mas sim o meu Brian. Subi para o seu dorso e agarrei-me com firmeza para não cair, quando ele sentiu que estava segura começou uma corrida veloz em direcção à nossa casa. Era espantosa a velocidade com que ele se movimentava no interior daquela floresta, nunca antes tinha conhecido tamanha velocidade. Conseguia sentir o vento a passar-me na cara e a empurrar o meu cabelo para trás, conseguia ouvir o som pesado das suas patas a pisarem o chão numa marcha regular, o som da sua respiração e o som do coração que mantém o meu lobo vivo e que eu nunca suportaria se parasse de bater.

Espero que tenham gostado do capitulo e que tenha valido o tempo que demorou a ser escrito ;)
Beijinho (:

sexta-feira, 17 de setembro de 2010

Gincana de Verão

Olá... Este é o meu texto que criei para a gincana de verão, infelizmente nao consegui vencer, mas publico-o aqui para que me digam o que acham.


Estava tudo perfeito, a música, a decoração, a comida, os convidados, mas principalmente… a noiva. Nunca pensei que fosse possível que a minha Renesmee - agora minha mulher - pudesse ficar ainda mais bonita do que já era, mas a verdade é que ela consegue sempre surpreender-me. O vestido de noiva assentava-lhe que nem uma luva e exibia um decote de cortar a respiração. Eu estava realmente todo “babado”.
- Em que estás a pensar? - Perguntou-me com a sua voz aveludada.
- No quão feliz me sinto por estar contigo aqui.
A Renesmee começou a esticar-se em direcção aos meus lábios, baixei um pouco a minha cabeça para lhe facilitar a tarefa. Finalmente, depois de segundos que pareceram uma eternidade os nossos lábios tocaram-se. Beijamo-nos intensamente durante tempo suficiente para fazer com que me esquecesse do lugar em que nos encontrávamos, de todas as pessoas que nos rodeavam e até mesmo de como me afastar daqueles lábios. Na minha mente apenas permaneciam duas palavras “amo-te Renesmee”, duas simples palavras que eram a razão para que o meu coração batesse, para que eu ainda respirasse, para que eu permaneça vivo. Quando os nossos lábios se afastaram estávamos os dois com a respiração ofegante, a minha mulher tinha um suave tom vermelho a revestir-lhe as maçãs do rosto e sorriu-me timidamente. Este momento que mais parecia pertencer a um conto de fadas foi interrompido por uma voz que não devia ter aparecido que me fez voltar rapidamente à realidade.
- Jacob… não achas que já está na hora de dares o teu presente à Renesmee? – Disse Alice com um enorme sorriso.
- Ia agora mesmo tratar disso! - Depois olhei para a minha mulher - Vem comigo! - Agarrei a sua mão e conduzi-a até ao exterior de casa dos Cullen.
Peguei nela ao colo e comecei a correr pela floresta. Quando finalmente chegamos à praia de La Push coloquei-a no chão. Retirei a caixa vermelha que tinha no bolso do meu casaco e fiz com que Renesmee girasse suavemente para que ficasse de costas para mim, depois retirei do interior da caixa o fio de prata que lhe tinha comprado.
- Esta é a primeira parte da surpresa - disse enquanto lhe colocava o fio no pescoço. Ela virou-se para mim enquanto agarrava a pequena medalha, era um coração, revestido de pequenos e inúmeros diamantes e dizia “Renesmee & Jacob” no centro. Agarrei a Renesmee pela cintura e virei-a para o oceano que servia de leito para o sol que se estava a por neste momento. - Trouxe-te aqui para que visses o por do sol, para que percebesses que para mim isto não é um simples por do sol, para mim significa não só o final do dia como o final de uma vida sem interesse, uma vida sem alguém especial, mas como o sol nasce também irá nascer novamente a minha vida, e essa vida será mil vezes melhor, porque te tenho a ti… irá deixar de ser uma vida sem interesse porque a partir de agora tenho-te a ti a meu lado, tu és aquela pessoa especial que me faltava para ser feliz. Quero ficar contigo para sempre. Eu amo-te Renesmee.
Quando finalmente olhei para ela uma lágrima descia pelo seu rosto, limpei a lágrima com o meu dedo e dei-lhe um beijo. Não um simples beijo, mas o nosso primeiro beijo na minha nova vida.  




Está muito mau?? :s      Comentem com o maximo de sinceridade possivel.


Beijinho (:

quarta-feira, 8 de setembro de 2010

Capitulo 7

Sabia que estava a sonhar, mas isso não fazia com que me sentisse menos assustada.
Estava sozinha na floresta no meio da vegetação densa e estava a correr, como se estivesse à procura de algo. Olhava para todas as direcções mas a única coisa que via eram árvores. Conseguia ouvir o som do vento a fustigar as árvores, o som da chuva a cair intensamente e o som dos meus paços. Já estava praticamente toda molhada, mas mesmo assim não parava de correr. Não sabia porque estava ali, não sabia o que procurava e nem sequer sabia onde estava. Mas mesmo assim não parava. Continuei a correr até que descobri uma pequena clareira que apenas era iluminada pela luz fraca do luar. Estava lua cheia, mas a lua escondia-se atrás das nuvens fazendo com que a sua luz ficasse ainda mais fraca. Quando olhei à minha volta não estava sozinha, havia um vulto mesmo à minha frente, mas do outro lado da clareira. Quando o vulto se aproximou percebi que era igual a mim. Tinha o mesmo cabelo, a mesma estatura, mas tinha uma expressão selvagem no rosto e os olhos vermelhos como se fosse…

Foi então que percebi, o vulto era eu, mas apenas com uma diferença, eu era vampira. O vulto fixou o seu olhar vermelho no meu pescoço enquanto afastava os seus lábios exibindo os seus dentes prefeitos prontos a atacar.

- Está na hora da caçada! – Disse por entre dentes, depois soltou um rugido e deu um passo na minha direcção.

- NÃO!

Abri os olhos repentinamente e percebi que já era de manhã e que estava no quarto com o Brian. Senti os braços dele à volta do meu corpo.

- O que se passou? Tiveste algum pesadelo?

- Sim… - disse no meio do choro.

Senti-o a apertar mais os braços, fazendo com que os nossos corpos ficassem mais juntos.

- Era só um pesadelo meu amor. Já passou, eu agora estou aqui e ninguém te vai fazer mal. – Deu-me um beijo na testa.

Era este sítio horrível que estava a alterar os meus sonhos, transformando-os em pesadelos. Quero voltar para casa e esquecer tudo o que se passou aqui!

- Brian, agora que já conheces o teu pai, o teu irmão e todos os outros lobos, já podemos voltar para San Francisco?

- Mandy, eu agora vou ter de ficar aqui, o meu sítio é em La Push ao lado da alcateia.

Ok! Lindo! Agora ele vai ficar aqui! Mas eu sei bem o que quero, e eu quero tudo menos ficar sem ele, posso aguentar os pesadelos e o medo que tenho por todos os vampiros, mas não aguento estar longe dele.

- Ok. - Tentei disfarçar o meu desânimo com um sorriso.

- Não estás feliz aqui?

- Estou feliz onde tu estiveres! - Dei-lhe um beijo nos lábios e depois levantei-me da cama. - Vou fazer o nosso pequeno-almoço!

Vesti uma t-shirt e uns calções velhos e dirigi-me à cozinha. Enquanto preparava o pequeno-almoço pensava no quão ridícula estava a ser! Nunca tinha tido tanto medo de um pesadelo - talvez porque nunca tinha tido um tão real. Parece que me ia ter de habituar à ideia de viver num sítio em que os mitos não são apenas fantasias, mas sim realidades.

Enquanto estivemos a tomar o pequeno-almoço falei com o Brian sobre a escola. Provavelmente iria ter de andar numa escola onde não conhecia ninguém e faltavam apenas duas semanas para o inicio do ano lectivo. O Brian não ia continuar a estudar, agora tinha de se dedicar à alcateia a tempo inteiro. Lembrei-me que talvez pudesse falar com a Nessie para entrar para a mesma escola que ela.
Em breve iria ter de visitar os meus pais à Alemanha embora o Brian esteja completamente contra essa ideia. Mas por enquanto não lhe ia falar dessa minha ideia, ainda me lembro do que aconteceu da última vez e não quero que se volte a repetir.
Como ainda não tinha planos para hoje decidi ir dar uma volta pela praia, hoje não estava a chover nem estava calor, por isso era a altura certa para dar um passeio a pé. O Brian já tinha coisas combinada com a alcateia, por isso iria ter de fazer esse passeio sozinha. Vesti uma roupa confortável – umas calças de ganga, uma t-shirt e um casaco – e saí de casa. Comecei a dirigir-me em direcção à praia.

Depois de ter andado alguns metros ao longo da costa sentei-me na areia a observar as ondas. Era muito relaxante ouvir o som das ondas, fazia com que me esquecesse de todos os meus problemas. Tinha imensas saudades dos meus amigos de San Francisco, desde que estou aqui em La Push nunca mais falamos. Tinha de falar com o Brian para instalarmos internet em casa.

Fiquei algum tempo ali na praia e quando o relógio do meu telemóvel já marcava 12:30 dirigi-me ao bar da praia para comprar umas sandes para almoçar.

Ao fim de comer duas sandes fiquei desiludida por saber que durante o resto da tarde não tinha mais nada para fazer. Lembrei-me de ligar à Nessie para combinarmos alguma coisa. Peguei no telemóvel e quando encontrei o numero dela nos contactos pus a chamar e coloquei-o encostado ao ouvido.

- Olá Mandy!

- Olá Nessie, liguei-te para te perguntar se queres fazer alguma coisa hoje.

- Não me apetece sair de casa… mas acho que podes vir até aqui. Queres vir à minha casa?

- Por mim tudo bem, mas eu não sei onde fica a tua casa.

- Humm… Vou ter contigo daqui a meia.

- Ok! Até logo!

- Até logo!

Depois desliguei a chamada. Comecei a dirigir-me em direcção à “minha” casa. Em breve iria estar numa casa de vampiros. Acho que devia ter recusado o convite. Mas agora não havia nada a fazer! Apenas combater o meu medo. Não consigo ter medo da Nessie, porque ela não é completamente vampira, mas pensar na familia dela conseguia por-me com arrepios.

Espero que não fiquem desiludidas mas este capitulo foi escrito um pouco à pressa. Comentem ^^
 
Beijinhos (:

domingo, 5 de setembro de 2010

Capitulo 6

- Brian? - Chamei quando entrei em casa, mas a única resposta que tive foi o silêncio.


Tirei o meu casaco e pendurei-o juntamente com a bolsa no cabide que se situava atrás da porta. Foi então que reparei num pequeno papel que estava em cima do móvel mesmo ao meu lado. Peguei nele e comecei a ler.



« Mandy, já fui para a casa do Billy, esperei por ti durante algum tempo, mas como estavas a demorar decidi ir sozinho. Fui na forma de lobo para que ficasses com o carro para ti. Logo que possas anda ter comigo. Espero ansiosamente por ti.


Amo-te, Brian »



Descalcei os meus sapatos de salto alto que tinha usado para ir às compras e troquei-os por umas sapatilhas, depois lembrei-me que talvez fosse melhor pentear o cabelo, então dirigi-me à casa de banho e comecei a desfazer cuidadosamente com a escova todos os nós que se tinham criado durante a tarde. Enquanto estava a pentear o cabelo vagueava pelos meus pensamentos, desde a chegada a La Push tenho andado tão ocupada a tentar desvendar todos os segredos deste mundo que para mim era desconhecido que até me esqueço de pensar em mim mesma, foi então que me lembrei que a minha menstruação já devia ter vindo à dois dias atrás, normalmente não se costumava atrasar, a única explicação que tenho para isto é a da mudança de ambientes e rotinas. Provavelmente quando menos esperasse iria ser surpreendida. Para não estar desprevenida quando tal acontecesse retirei um penso higiénico do armário da casa de banho, depois peguei na minha bolsa e coloquei-o no seu interior. Peguei no meu casaco e dirigi-me ao carro.

Quando cheguei à casa do Billy já lá estavam todos, mal passei pela porta o Brian veio ter comigo e deu-me um beijo.

- Tive saudades tuas - sussurrou-me ao ouvido - Chegas-te um pouco atrasada! Perdes-te as lendas dos Quileute.

- Dos quem? - Perguntei confusa.

- Depois explico-te - deu-me um beijo que me apanhou de surpresa.

- Então Brian não achas que é um pouco sedo? - Quando ouvi esta voz estranha desviamos os nossos lábios para encararmos o rapaz que estava a falar. - Devias esperar até chegarem a casa! Ou será que não aguentas?

Todas aquelas pessoas que se encontravam na sala começaram-se a rir e eu comecei a sentir a minha cara cada vez mais quente - era tão constrangedor ficar corada numa situação destas!

- Quil tens razão, mas eu vou ter de esperar até chegar a casa, enquanto tu tens de esperar mais uns aninhos! Porque a Claire ainda só tem treze anos! – Respondeu-lhe Brian num tom brincalhão.

Ahh?! Fiquei realmente chocada! O rapaz apresentava ter cerca de vinte anos e andava interessado numa rapariga de treze?

- Olha que o Jake também teve de esperar uns aninhos. E não o estás a ver aqui? Nem à Nessie… como vez esperar compensa! - Disse o rapaz, o Quil, enquanto pegava num pacote de batatas fritas e o começava a devorar.

- Talvez tenhas razão! - Respondeu-lhe Brian, depois virou-se para mim – Deixa que te apresente os meus novos amigos. - Depois começou a dizer os nomes deles e das respectivas namoradas. Não consegui fixar nem metade dos nomes.

Finalmente o Jacob e a Nessie entravam na sala, eles faziam realmente um casal muito bonito, talvez o casal mais bonito que alguma vez vira.

- Olá Amanda!

- Olá Nessie! Então? Como estás desde…?

- Muito bem, pensei que o Jake não me ia compreender, mas ele diz que percebe que eu tenha essa atracção pelo… sangue. - Depois lançou um olhar apaixonado ao seu namorado que se encontrava mesmo ao nosso lado.

- Eu tinha-te dito que não era nada de grave! Agora acho que está na hora de ir para casa. Vens Brian? Ou queres ficar mais um bocado?

- Claro que vou contigo! - Fez o seu grande sorriso de cortar a respiração. - Vemo-nos depois malta!

Os amigos dele responderam com algumas piadas do tipo “nós sabemos bem porque é que vais tão sedo”, tentei ignorar ao máximo, mas eles falavam tão alto que era praticamente impossível. Não lhes respondemos, pois ambos sabíamos que eles não estavam a mentir.

O Brian foi comigo no carro e durante o caminho até casa aproveitei para esclarecer algumas das minhas dúvidas.

- Brian? Na casa do Billy deste a entender que o teu amigo, o Quil, está apaixonado por uma rapariga de treze anos. Isso não te faz confusão?

- É mais uma coisa de lobos. - Quando percebeu que eu não ia fazer outra pergunta continuou com a sua resposta - Isso para nós é normal. Já aconteceu com o Quil, o Jared, o Jake, e o Paul. Mas apenas o Jacob e o Quil sentiram isso por crianças.

- Acho que não estou a perceber…

- Nós, os lobisomens, por vezes sentimos uma espécie de atracção na primeira vez que vemos uma pessoa depois de sermos transformados. Não é uma atracção qualquer, nós chamamos-lhe “Impressão Natural” e é muito mais forte que o amor. Quando sentimos isso por uma pessoa sentimo-nos muito protectores em relação a ela e transformamo-nos em tudo o que ela quiser - um irmão mais velho, um melhor amigo, um namorado… -, tudo no mundo poderia desaparecer, desde que essa pessoa não desapareça. Basicamente em vez de vivermos a vida que tínhamos planeado começamos a viver para essa pessoa, nada importa, só ela e não temos nenhuma maneira de controlar isso, no final acabamos sempre por namorar, ou casar com essa pessoa.

- E sentem isso até por crianças?

- Sim, nós parámos de envelhecer durante um tempo, por isso temos tempo suficiente para esperar! Foi isso o que o Jake fez e é isso o que o Quil está a fazer. - Depois sorriu para mim - podemos falar disto depois? Acho que temos coisas mais interessantes para fazer…

Já estávamos parados em frente à casa e eu não tinha reparado. Neste momento estava cheia de perguntas dentro da minha cabeça. “Será que ele vai sentir isso por outra? Ou será que já sentiu? Por quem? Será que o vou perder?”. “EU NÃO O QUERO PERDER!”. Não consegui controlar, quando dei por mim as lágrimas já estavam a cair pelo meu rosto. O Brian abriu-me a porta do carro para que eu sai-se, saí e tentei esconder a cara com o cabelo, mas não consegui esconder por muito tempo, ele retirou-me o cabelo da cara.

- Porque estás a chorar Mandy? - Ele estava verdadeiramente preocupado.

- Brian… tu sentiste a …

- Claro que não! - Interrompeu-me – Para mim só existes tu! E não preciso de nenhuma impressão natural para estar dependente de ti!

Abracei-o com todas as minhas forças e ele correspondeu ao meu abraço. Ficamos ali abraçados até eu parar de chorar, depois quando já estávamos todos encharcados da chuva fomos para dentro.

Quando entramos reparei na maneira como a t-shirt branca - agora molhada - do Brian lhe assentava nos seus peitorais perfeitos e fiquei perdida em pensamentos menos próprios. Comecei a beijar-lhe os lábios com ansiedade e parti para o pescoço, depois aproximei-me do ouvido e segredei-lhe:

- Ficas tão sexy com essa t-shirt molhada!

Beijei-lhe os lábios novamente enquanto ele se dirigia comigo para a sala - talvez por ser a divisão que estava mais perto.

 
Que acharam deste capitulo? Por favor sejam sinceras... Eu achei que não está lá muito bom, mas foi o melhor que consegui fazer.
Beijo (:

sexta-feira, 3 de setembro de 2010

Capitulo 5

Cá está mais um capitulo da minha FanFic...
Confesso que gostei muito de escrever este capitulo e gostaria de o dedicar a todas as leitoras mas especialmente à parva da minha melhor amiga [SROF xD] que me fugiu para o porto :(,,
Boas Leituras!! :D


Eu e Renesmee dirigimo-nos a Seattle no volvo prateado do seu pai. Ela conduzia demasiado rápido, mas assegurou-me que não devia ter medo porque ela tem uns óptimos reflexos. Chegamos a Seattle mais rápido que o normal. Dirigimo-nos a um centro comercial e começamos a percorrer as lojas. A Renesmee comprou montes de roupa, a ela tudo lhe ficava bem. Eu comprei apenas o necessário, algumas calças e um casaco quente. No caminho para casa a Renesmee falou-me da sua família e contou-me sobre os dons que cada um possuía.

- Bem, já estou aqui a falar à horas! Fala-me da tua família Mandy.

- Não há muito para contar…

- Conta o que houver! - Disse com um sorriso de entusiasmo.

Virei o olhar para a estrada e comecei a vaguear pelas recordações da minha família.

- Não tenho uma relação muito boa com os meus pais. Eles são a única família que eu tenho, também tenho uma tia da parte do meu pai, mas mal a conheço.

- Porque é que não tens uma relação muito boa com os teus pais? - Perguntou com cautela.

- Eles não gostam do Brian. Têm feito de tudo para nos separar.

De repente o carro parou, produzindo um ruído ensurdecedor enquanto os pneus raspavam no alcatrão. Olhei para a Renesmee para perceber o que se passava. Ela agarrava o volante do carro com demasiada força e estava paralisada como uma estátua a fixar algo. Segui o olhar dela para ver o que fixava.

- Sangue. - Murmurou por entre dentes no momento em que percebi o que se passava.

Ela estava a fixar um rapaz que estava estendido no meio da estrada. Esse rapaz teve um acidente de moto, a moto encontrava-se a cerca de cinco metros do corpo e o corpo estava rodeado de sangue. Ouvi um rugido e logo percebi que provinha da garganta da minha amiga.

- Renesmee, vamos embora - coloquei-lhe a mão sobre o ombro. Ela olhou para a minha mão e depois percorreu o meu braço com o olhar até fixar o meu rosto. O seu rosto estava mais pálido que o normal, com uma expressão ameaçadora, o olhar transmitia fúria e os lábios estavam recolhidos exibindo os seus dentes perfeitos. Voltou a soltar outro rugido e eu encolhi-me contra a porta do carro.

- Renesmee tu não és assim… pensa na tua família. - Sussurrei a medo. - Pensa na desilusão que eles iriam sentir. Deixa-te levar pelo teu lado humano.

Colocou uma mão no manípulo da porta pronta para sair e deixou escapar outro rugido. Começou a abrir a porta lentamente e percebi que tudo estava perdido. Talvez até fosse eu a próxima vitima. Depois lembrei-me do Brian, lembrei-me do seu rosto perfeito com uma expressão de loucura e tristeza por me perder e … lembrei-me da sua natureza oculta.

- A alcateia vai ter de te matar se continuares com isto - continuava a sussurrar, talvez devido ao medo que sentia - o Jacob não pode fazer nada contra isso e… talvez seja o início de uma guerra onde morrerão algumas das pessoas que mais amas.

Num movimento demasiado rápido para os meus olhos a porta do carro já se encontrava fechada e o carro já estava em movimento a alta velocidade.

Continuamos a deslocar-nos pela noite e o silêncio imperava no pequeno espaço do volvo. A Renesmee tinha o olhar fixo na estrada, como se estivesse a concentrar-se em alguma coisa. Depois de alguns minutos fez um desvio e parou o carro na beira da estrada. Colocou as mãos à frente da cara e começou a chorar.

- Eu devia morrer! Sou um monstro! Um Monstro! O Jacob não merece alguém assim!

- Acalma-te, tu sabes que não és isso, tu não fizeste nada de mal, tu contrariaste os teus instintos - tentei acalma-la mas não estava a resultar, as lágrimas continuavam a correr pelo rosto dela. - Vamos voltar para La Push, tenho a certeza que quando vires o Jacob vais ficar mais calma.
Após alguns minutos - o tempo necessário para que se acalmasse - inspirou fundo e voltou a ligar o motor do carro sem pronunciar qualquer palavra.

- Renesmee… estás melhor?

- Sim, obrigada por teres estado lá, acho que se não estivesses eu não teria resistido. E, podes chamar-me Nessie se preferires. - Ela estava a sorrir e novamente bem disposta, isso deixou-me muito mais tranquila.

- Ok, Nessie - tentei lembrar-me de um assunto para mantermos uma conversa - já falas-te de toda a tua família, mas a verdade é que não referiste nada a teu respeito, o que é que tens de diferente da tua família?

- Tenho um coração a palpitar dentro de mim, tenho os olhos castanhos, tenho a capacidade de chorar e de corar, o meu corpo é um bocado mais quente que o deles, e outros pormenores que não me lembro agora.

- E… o que é que tens de vampira? - Não sei porquê mas ainda me sentia um pouco intimidada por estar a falar com uma pessoa que é vampira! Não totalmente vampira, mas o suficiente para me assustar.

- Tenho, velocidade, força, desejo por sangue e um dom - disse com um grande sorriso.

- Tens um dom? Mas isso é fantástico! Qual é? Podes me mostras? - As perguntas saiam da minha boca descontroladamente sem pensar no que estava a dizer. - Bem, se não te importares claro! - Tentei corrigir a minha histeria.

- Queres que te mostre?

Acenei afirmativamente com a cabeça, mas ainda sentia algum receio em relação a ela. Retirou uma das mãos do volante e começou a aproxima-la do meu rosto. Fiquei ainda mais assustada, e se o seu dom for maligno? Quando me tocou não senti nada, pelo menos não senti dor nem nada que me perturbasse. Depois comecei a ter uma espécie de alucinação! Comecei a ver o dia em que eu e o Brian chagamos a La Push, mas era como se estivesse a ser vista por outra pessoa. Só depois percebi que estava a ver o que a Nessie tinha visto! Na imagem aparecia eu e o Brian com as mãos unidas à entrada da casa do Billy. O Brian estava lindo como sempre e eu estava super vulgar como sempre fui.

Quando retirou a mão do meu rosto percebi que já estávamos parados à beira da casa da Emma.

- É realmente muito interessante o teu dom - disse com sinceridade -, acho que nos vemos depois na casa do Billy.

- Até depois! E obrigada mais uma vez! Estava a precisar de uma saída de raparigas!

- Obrigada eu! - Saí do carro e fechei a porta atrás de mim. Depois corri por debaixo da chuva em direcção à casa para evitar ficar toda molhada.

 

Espero que tenham gostado ... não se esqueção de comentar ;)   Beijinho (:

Crepusculinho (:





Sim,, realmente agora percebe-se porque se dão tão mal...  ;)

Blog da Carolfpais

Olá... Este blog é de uma amiga minha, está muito interessante... espero que o visitem.
Este é o link:
http://dailynewsinterests.blogspot.com/
A minha FanFic também vai começar a ser publicada neste blog!
Boas leituras ;)
Beijinho (:

quinta-feira, 2 de setembro de 2010

Capitulo 4

Bem,, cá está outro capitulo!! Espero que nao fiquem desiludidas e que continuem a ler.
Beijinhos ... ;)


De manhã acordei num quarto que me era estranho, mas tinha o Brian à minha beira. Tentei lembrar-me como é que tinha ido ali parar, mas não me lembrava. Só me lembrava de ter adormecido no sofá, o Brian deve me ter trazido para este quarto. Levantei-me da cama, peguei no meu telemóvel que estava no bolso das calças para ver as horas, já passava das dez da manhã. Desci e peguei na minha bolsa para ir às compras, não deveria ser muito difícil encontrar um mercado aqui perto. Peguei no carro do Brian e comecei a dirigir-me para norte, andei alguns minutos até que encontrei. Estacionei o carro e fui fazer as minhas compras, tentei ser o mais rápida possível para que o Brian não acordasse antes de eu chegar. Felizmente quando cheguei a casa ele ainda estava a dormir. Dirigi-me à cozinha e comi um bolinho que tinha comprado, depois comecei a limpar o pó e a colocar tudo no seu devido lugar. Quando acabei de arrumar todo o andar de baixo ouvi alguém a tocar à campainha. Quando abri a porta deparei-me com um homem de cadeira de rodas com um ar cansado. Tinha o cabelo comprido preso atrás da nuca.

- Bom dia, é aqui a casa do Brian? - Perguntou com uma voz fraca.

- É… mas ele ainda está a dormir.

- Será que o poderia chamar? Diga-lhe que está aqui o pai dele.

- Ok! Entre e espere um pouco. - Disse enquanto abria mais a porta para que ele entrasse.

Subi as escadas e dirigi-me ao andar superior. Quando entrei no quarto ele ainda dormia. Coloquei a minha mão no seu ombro abanando-o com cuidado para que acordasse.

- Brian… - ele abriu os olhos meio confusos - está lá em baixo o teu pai para falar contigo.

Ele levantou-se num salto da cama e deu-me um beijo rápido, depois dirigiu-se à mala que estava em cima da cómoda e retirou uns calções e uma t-shirt, vestiu-se e saiu do quarto.

Eu continuei com as minhas arrumações para lhes dar espaço para falarem, coloquei lençóis novos nas camas dos dois quartos, arrumei a nossa roupa nos guarda-roupas, limpei a casa de banho e limpei o pó de toda a casa. Quando o relógio já marcava 12:50 dirigi-ma para a cozinha para aquecer uma piza. Depois fui até à sala.

Eles estavam os dois na sala a falar sobre as filhas de Billy que não estavam em La Push.

- O Billy fica para almoçar? - Perguntei sobrepondo a minha voz às deles.

- Não, hoje vou almoçar com o Charlie. - Respondeu-me com um sorriso. - Ele não vai ficar nada contente se chegar atrasado, adeus Brian, fico muito feliz por finalmente te conhecer.

- Adeus - Disse Brian enquanto lhe dava um aperto de mão.

Quando Billy saiu fomos comer a piza que eu tinha deixado a aquecer, ficamos calados durante toda a refeição, o Brian estava perdido nos seus pensamentos.

- Como correu a conversa com o teu pai? - Tentei quebrar aquele silêncio constrangedor enquanto me levantava para lavar os pratos.

- Correu muito bem, ele explicou-me porque é que não queria contar à família sobre mim e pediu desculpa por não ter estado presente durante a minha infância. - Depois ficou pensativo - Ele disse para hoje à noite aparecermos na casa dele. Acho que me vão apresentar ao resto da alcateia. - Levantou-se e retirou um papel do bolso dos calções. - A Renesmee disse para lhe ligares para combinarem alguma coisa. - Disse colocando-me o papel no bolso das calças. Depois dirigiu-se à sala.

Quando terminei de lavar os pratos sequei as mãos e peguei no papel que estava no meu bolso. Tinha um número de um telemóvel escrito com uma caligrafia perfeita. Peguei no meu telemóvel e marquei o número. Atenderam logo depois do primeiro toque.

- Sim. - Respondeu uma voz amável.

- Renesmee, é a Amanda, o Billy entregou o teu papel.

- Olá Amanda! Hoje gostarias de ir comigo às compras?

- Claro! A que horas?

- Passo pela tua casa às cinco, ok?

- Sim pode ser…

- Então até logo!

- Até logo!

Desliguei a chamada e voltei a guardar o telemóvel no bolso, depois fui para a sala e sentei-me no sofá ao lado do Brian. Estava a passar na televisão um jogo de basebol e o Brian observava-o com uma expressão de desinteresse. O Brian desviou o olhar da televisão e começou a observar-me com um expressão de diversão, agarrou-me pela cintura e puxou-me para o colo dele começando a beijar-me. Depois seguiu com a sua boca para a zona do meu ouvido.

- Queres ir dar uma volta pela praia? - Sussurrou com uma voz doce. Em seguida deu-me uma mordidela na orelha e eu arrepiei-me.

- Claro, porque não?! - Tentei parecer desinteressada.

- Pensando melhor acho que podíamos ficar aqui em casa - Disse puxando-me contra o seu peito.

- Também não me parece má ideia… - Respondi com sarcasmo.

Levantou-se comigo no seu colo e começou a subir as escadas em direcção a um dos quartos, passamos grande parte da tarde nesse quarto e fomos chamados à realidade pelo toque da campainha. Vesti-me rapidamente e desci as escadas a correr. Quando passei pela cozinha olhei de relance para o relógio, já passavam dez minutos das cinco.

Deviria ser a Renesmee… quando abri a porta as minhas suspeitas confirmaram-se.

- Desculpa, atrasei-me um bocadinho. - Disse-me ela com um ar embaraçado.

- A verdade é que eu ainda não estou pronta, entra - desviei-me para lhe dar espaço para passar - podes sentar-te se quiseres, eu demoro-me só dois minutos.

A Renesmee dirigiu-se ao sofá para se sentar e eu subi as escadas a correr. Quando cheguei ao quarto o Brian ainda lá estava.

- A Renesmee veio me buscar, vou às compras com ela. - Informei-o.

Penteei o cabelo e peguei na minha bolsa colocando lá dentro a minha carteira.

- Até logo - disse aproximando-me dele para lhe dar um beijo suave. Ele puxou-me para o colo dele e beijou-me com mais intensidade do que a necessária. Afastei-me dele meia ofegante. - Tenho mesmo de ir. - saí do quarto antes que ele fizesse outra investida e fui ter com a Renesmee.

- Volta rápido! - Ouvi atrás de mim.

quarta-feira, 1 de setembro de 2010

A mistura perfeita :)

Robert + Taylor



Quem ainda estiver indeciso pode ficar com um bocadinho dos dois! (:

Capitulo 3

Olá, aqui está mais um capitulo da minha fic... espero que gostem e nao se esqueçao de deixar comentários com a vossa opinião. Beijinho :)


Passei uma noite tranquila, dormi tão bem que poderia haver um terramoto e eu continuaria a dormir. Sentia os braços dele em redor do meu corpo e eu tinha a cabeça pousada no seu peito nu. Era agradável ouvir o batimento regular do ser coração e sentir o calor do seu corpo tão perto do meu. Finalmente abri os olhos, a luz do sol entrava pela minha janela e batia na sua pele fazendo com que o seu tom moreno ficasse ainda mais belo. Ele ainda estava a dormir profundamente eu conseguia ouvir o seu ressonar suave. Movimentei-me com alguma dificuldade – devido à força dos seus braços – até que os nossos rostos ficassem ao mesmo nível, depois aproximei os meus lábios dos seus e dei-lhe um beijo suave, de seguida beijei-lhe o pescoço e voltei novamente aos seus lábios, desta vez para lhe morder o lábio inferior. Senti os seus lábios por baixo dos meus a abrirem-se num enorme sorriso e num movimento rápido ele já se encontrava sobre mim a beijar-me intensamente, depois beijou-me o pescoço e afastou-se para olhar para mim com um enorme sorriso.


- Bom dia meu amor! - Disse-me ainda a sorrir.

- Bom dia - respondi-lhe ofegante.

- Vou preparar o nosso pequeno-almoço. - Levantou-se e saiu do quarto em direcção à cozinha.

Levantei-me também e dirigi-me à casa de banho para tomar um duche. Quando saí vesti umas calças de ganga e uma camisa branca. Sequei o cabelo e fui para a cozinha. O Brian estava de costas para mim, virado para o balcão da cozinha e ainda em boxers. Aproximei-me dele e coloquei os meus braços em redor do seu corpo encostando a minha cara às suas costas.

- Preparada para a viagem? - Disse enquanto se virava de frente para mim dando-me em seguida um beijo na testa.

- Não sei bem…

O Brian preparou-me torradas para o pequeno-almoço. Depois de as comer-mos arrumamos a cozinha e iniciamos a viagem no seu Opel Corsa GSI.


Foi uma viagem longa, no mapa San Francisco não parecia ficar assim tão longe de La Push, mas a verdade é que a viagem foi tão longa que parecia que estávamos a atravessar os E.U.A. de um lado a outro… mas finalmente chegamos a La Push, estivemos 15 minutos às voltas a tentar encontrar a casa de Billy Black e seus filhos. Até que finalmente encontramos.

- Achas que ele está em casa? - Perguntei com cautela.

Ele saiu do carro sem responder e abriu a minha porta para que eu sai-se.

- Não custa nada tentar… - disse quando eu já estava do lado de fora do carro. Tentei decifrar o que o seu rosto transmitia, mas este estava inexpressivo. Mas pela irregularidade da sua respiração percebi que estava nervoso. Eu compreendia o lado dele, ele ia conhecer o pai que nunca teve durante estes anos todos.

Começamo-nos a dirigir à porta da casa, o Brian deu-me a mão e respirou fundo duas vezes antes de tocar à campainha que se situava do lado direito da porta. Apertei um pouco a mão dele para que ele percebesse que eu estaria ali para o ajudar. Alguns segundos depois de tocar a campainha abriram a porta. À medida que a porta se abria ia-se descobrindo a pessoa que estava por detrás dela. Era uma rapariga com pouco menos de um metro e setenta centímetros, tinha a pele clara mas um pouco rosada nas bochechas, uns olhos castanhos que transmitiam curiosidade e cabelo cor de bronze com os caracóis a caírem-lhe até ao meio das costas. Por momentos senti ciúmes daquela linda rapariga que se situava à minha frente. “Não sejas parva, é uma rapariga como as outras” pensei para mim para me tranquilizar.

- Em que vos posso ajudar? - Disse com uma voz doce e com um sorriso na cara.

- É aqui que mora o Billy Black? - Perguntou o Brian com um tom de voz firme.

- Sim, mas ele neste momento não se encontra em casa, só está o filho. - Depois deu meia volta virando-se para o interior da casa - Jake! - Chamou virando-se de novo para nós.

Rapidamente apareceu um rapaz alto com um tom de pele moreno tal como o do Brian e agarrou a rapariga pela cintura. Reparei que este rapaz também era muito bonito, talvez um dos rapazes mais bonitos que alguma vez vira.

- O que se passa Nessie? - Disse para a rapariga dando-lhe em seguida um beijo no cimo da cabeça.

- Eles estão à procura do teu pai. - Gesticulou com a mão na nossa direcção.

- Acho que não voz conheço. - Observou o rapaz num tom de voz grave. - Quem são vocês?

- Eu sou o Brian Black e esta é a minha namorada, a Amanda. Sou filho do Billy Black e tu deves ser o meu irmão…? - Disse com um tom interrogativo.

O rapaz ficou com uma expressão de confusão e choque, ficando calado enquanto observava o Brian durante alguns segundos.

A rapariga ao seu lado observava tudo com muita atenção ficando calada tal como eu enquanto os dois “irmãos” se observavam mutuamente.

- Jake… se calhar é melhor convidarmo-los para entrarem para falarem melhor - a rapariga falava num sussurro, talvez devido à surpresa.

- Claro! Desculpem não me ter lembrado antes - depois fez sinal para que avançássemos para o interior da casa à sua frente.

A casa era pequena, talvez até um pouco mais pequena que o meu apartamento, mas era acolhedora. Tinha uma pequena sala com um sofá e algumas cadeiras a ladear o sofá, do lado contrário da sala tinha uma cozinha e no espaço entre a sala e a cozinha havia um corredor.

Sentámo-nos no sofá da sala enquanto o rapaz e a rapariga se sentaram nas cadeiras, estivemos a conversar durante algumas horas, começando a conhecermo-nos melhor, o rapaz chamava-se Jacob e a rapariga tinha um nome esquisito, chamava-se Renesmee. Descobrimos que aqui – em La Push – o Jacob não era o único lobisomem, que todos os lobisomens se davam como irmão e tinham uma alcateia na qual o Jacob era o Alfa. A função dessa alcateia era caçar vampiros que desrespeitassem um tratado que foi criado pelos antepassados do Jacob. Fiquei arrepiada quando o Jacob nos disse que existiam vampiros. E principalmente quando nos disse que a Renesmee era semi-vampira e semi-humana porque a mãe dela (que agora é vampira) a gerou enquanto era humana. Durante todo este tempo evitaram falar de Billy Black, falando apenas em “coisas de lobo”.

- Jacob, estou a odorar falar contigo, mas a verdade é que já estamos aqui a algum tempo e tu ainda não me disseste nada sobre o meu… pai. – Foi a primeira vez que o Brian chamou “pai” ao Billy desde o inicio da conversa.

- Ele não está em casa, foi pescar com um amigo, mas deve estar quase a voltar.

- Eu tenho uma casa aqui perto, diz-lhe para quando poder me ir lá procurar. Tens um papel para anotar a morada?

- Eu vou buscar! – Disse a Renesmee enquanto saia da sala. Voltou logo depois com um papel e uma caneta na mão. Depois deu ao Brian e ele anotou a morada.

- Vemo-nos depois - deu o papel com a morada ao Jacob -, vamos Mandy?

- Sim vamos. Adeus Jacob, Renesmee!

- Adeus, Amanda sinto que ainda vamos ser grandes amigas - disse com um enorme sorriso enquanto se aproximava de mim, depois deu-me dois beijinhos.

- Até depois – Disse o Jacob a sorrir.

Saímos e encaminhamo-nos para o carro. Quando já nos encontrávamos na estrada lembrei-me de algo que tinha para perguntar ao Brian.

- Brian…

- Sim Mandy - disse sem tirar os olhos da estrada.

- Tens uma casa aqui perto?

- Sim, era a casa onde a minha mãe vinha passar férias, ela disse que podíamos ficar lá.

- Foi muito atencioso da parte dela.

A casa da Emma (mãe do Brian) também era pequena, mas estava cheia de pó, amanhã teria muito trabalho para fazer naquela casa. Mas hoje estava realmente muito cansada da viagem - motivo pelo qual adormeci no sofá -, dormi bem e sentia o calor do corpo dele ao meu lado, por isso não tive pesadelos com vampiros, com ele ali não tinha nenhum receio quanto àquele sitio novo.
Casa da Emma

Capitulo 2

- Brian, o que é que se passou… na praia? - Não sei se fiz bem em perguntar, mas ele devia-me essa explicação.


- Bem, é um bocado complicado. Não sei se vais entender. Provavelmente até vais fugir de mim. - Ele não gostava de falar disso, percebia-se na sua voz e no seu olhar. Ele estava triste.

- Eu não vou fugir. Eu sei que tu nunca me farás mal - tentei incentiva-lo a continuar.

- A minha mãe sempre me disse que o meu pai tinha morrido quando ainda era bebé, mas ele não morreu! A minha mãe mentiu-me durante este tempo todo. Nem sei como é que ela teve coragem!

- Mas… quem é o teu pai? - Perguntei um pouco a medo. Não o queria voltar a irritar. Podia não ter tanta sorte desta vez!

-Não sei muito sobre ele, o seu nome é Billy Black. A minha mãe diz que o conheceu durante umas férias que ela passou no lugar onde ele vive. Ela engravidou e ele não quis contar aos filhos dele que tinha arranjado outra mulher. A minha mãe ficou revoltada com isso. Ela veio embora e ele nunca mais quis saber de mim.

- Então tu tens irmãos?

- Sim, duas irmãs e um irmão. - Fiquei feliz por ver um sorriso de entusiasmo no seu lindo rosto quando falou nos irmãos.

- Mas que ligação é que isso tem com o que te aconteceu?

- Se me deixares continuar eu explico-te - disse com um pequeno sorriso meigo. Fiz de conta que fechei a minha boca à chave e ele continuou. - O meu pai ligou à minha mãe à mais ou menos um ano atrás. Ele explicou-lhe que eu muito em breve iria começar a desenvolver o meu corpo muito rapidamente - recordei quando o vira crescer muito mais rápido que o normal e entendi o que ele disse - ele disse que a minha temperatura corporal iria atingir os 42 graus e quando isso acontecesse iria dar-se a transformação - isso também era verdade, o corpo dele queimava o meu onde me tocava, mas era uma sensação agradável. - Ele disse que eu me transformaria num lobo e que poderia magoar alguém uma vez que os lobos são criaturas instáveis - olhou para mim com um olhar como quem pede desculpa - o meu meio-irmão também é lobisomem. Segundo o que o meu pai diz os genes passam de pais para filhos, o que quer dizer que os meus antecedentes eram lobisomens. Ele também disse à minha mãe que quando a transformação ocorresse eu deveria visitá-lo para saber mais sobre o que sou.

- Tu vais visitá-lo? - Não queria ficar sem ele, mesmo que fosse só por uns dias.

- Sim, eu tenho de saber bem o que sou, eu tenho de ir. E também quero saber quem é esse cobarde que abandonou a minha mãe quando ela mais precisava dele!

- Onde é que ele vive?

- Em La Push, em Washington.

- Ah… - tentei parecer animada com a ideia mas até eu notei a tristeza existente na minha voz. Eu não queria que ele fosse, mas não lhe diria isso, eu sei o quão importante isto era para ele.

- É claro que quero que tu vás comigo! Eu não te vou abandonar assim minha tontinha – fez-me um pouco de cócegas e eu não consegui evitar rir. - Partimos amanhã de manha. Não aceito um não como resposta! - Disse em tom de brincadeira.

- Amanhã!? - Fiquei admirada pela rapidez com que ele quer ir ter com o pai.

- Sim, porquê? Tem algum problema?

- Não, nenhum. Só acho que está a ser tudo muito rápido!

- Tenho de ir para casa, ou então a minha mãe ainda chama a policia para me procurar!

- Oh… estava a gostar de estar aqui contigo. - Disse fazendo beicinho.

- Eu também. Mas eu depois volto. Prepara as tuas malas… vamos viajar!

Deu-me um suave beijo de despedida e depois de se vestir foi embora. Decidi vestir-me também. Sobressaltei-me quando olhei para o relógio, já passavam das três da tarde. Fui à cozinha e comi uma fatia do bolo de chocolate que tinha feito de manhã antes de o Brian aparecer e bebi um pouco de sumo de laranja. Depois dirigi-me ao meu quarto, peguei na mala que estava dentro do armário e coloquei-a aberta sobre a cama. Comecei a retirar algumas roupas do guarda-roupa e a mete-las dentro da mala, depois coloquei alguns ténis e fechei-a quando esta já estava cheia.

O Brian apareceu na minha casa depois de jantar e ficou comigo durante a noite. Amanhã vai ser um longo dia. Vamos fazer uma viagem de San Francisco até La Push sempre de carro. Normalmente ficava mal-humorada sempre que tinha de fazer uma viagem, sempre achei as viagens uma perda de tempo e muito cansativas. Mas desta vez não estava aborrecida com a viagem, pois iria faze-la ao lado do Brian. Até me sentia feliz por ele querer ir comigo. Tenho a certeza que vamos passar uns bons dias em La Push, sempre na companhia um do outro. Tal ideia agradava-me mais do que imaginei ser possível.

Capitulo 1

Estar nos braços do meu amor era uma sensação que a nada se assemelhava, não havia palavras para a descrever. Estávamos os dois no meu quarto completamente despidos deitados sobre a minha cama. Estava feliz por finalmente estarmos bem.


Comecei a recordar-me da semana passada… foi uma semana de acontecimentos inesperados.

Lembrei-me daquele final de tarde em que estava com o meu namorado (Brian Black) à beira mar sentados sobre a areia. O Brian andava um pouco nervoso já à algum tempo e irritava-se com qualquer coisa. Mas naquela noite foi diferente. Quando eu lhe contei que iria à Alemanha visitar os meus pais e que provavelmente ficaria lá a viver durante uns tempos ele começou a tremer convulsivamente.

- Amanda, tu não podes ir! Sabes perfeitamente que os teus pais me odeiam. Eles nunca irão perceber o que sentimos um pelo outro! Provavelmente até vão fazer de tudo para que nunca mais nos vejamos! - Era notória a fúria patente na sua voz, na verdade eu nunca o tinha visto assim até sentia um pouco de medo dele.

- Brian tem calma… eu nuca te abandonarei, prometo. Mas eu tenho de ir ver os meus pais. Eu volto! - Disse num tom suplicante.

- TU NÃO VAIS! - Nunca o tinha ouvido falar daquela maneira. Muito menos para mim. Mas algo de estranho estava a acontecer com ele. Os tremores no seu corpo não paravam, pelo contrário, cada vez estavam mais fortes. Comecei a ficar verdadeiramente preocupada. Não sabia o que fazer para o ajudar.

De repente o Brian já não se encontrava à minha frente. Mas no seu lugar estava um enorme lobo do tamanho de um cavalo e com pelo cinzento-escuro quase negro. Os seus olhos transmitiam fúria e rapidamente percebi que o lobo estava descontrolado. Aquele enorme lobo ia atacar-me, eu sabia disso, eu iria morrer. Ele aproximou-se de mim soltando rosnadelas e senti umas lágrimas a caírem-me pelo rosto.

- Amo-te Brian - disse sabendo que aquelas seriam as minhas últimas palavras.

O lobo olhou-me nos olhos e a sua fúria desapareceu, desaparecendo também aquele lobo enorme dando novamente lugar ao meu amor, o meu Brian. Ele estava despido, as suas roupas tinham sido rasgadas. Rapidamente reparei que ele estava destroçado de tal maneira que nem tinha reparado que estava completamente nu. Era muito infantil da minha parte estar a contemplar o seu corpo numa altura destas, mas não consegui evitar. Ele era o rapaz mais bonito que alguma vez vira. Ele era prefeito. Desviei o olhar do seu corpo fixando-o no seu rosto que cada vez transmitia mais agonia.

- Desculpa Mandy, eu sou um mostro, quase te matei. Desculpa… - dito isto desatou a correr em direcção a sua casa deixando-me ali sozinha a tentar perceber o que tinha acontecido.

Depois desse dia ficamos alguns dias sem nos falarmos. De cada vez que eu tentava falar com ele, ele respondia-me “ não é possível estarmos juntos” ou “eu posso te matar” ou “eu sou um monstro”. Foram os dias mais difíceis da minha vida, mas finalmente ele hoje apareceu na minha casa. Mal lhe abri a porta ele puxou-me contra ele e começou a beijar-me, não resisti a corresponder ao seu beijo embora me sentisse um pouco confusa. Passado algum tempo ele afastou os nossos lábios alguns centímetros, apenas o espaço suficiente para me dizer:

- Amo-te, eu tentei manter-me afastado, juro que tentei, mas tal é impossível, tu és a minha vida e eu não posso viver sem a minha vida – depois pegou em mim ao colo e levou-me para o meu quarto sem nunca parar de me beijar. Pousou-me suavemente sobre a cama começando a beijar-me o pescoço enquanto nos desfazíamos das nossas roupas… Foi sem dúvida a melhor noite da minha vida.

Eu amava-o e para mim não importava que ele quase me tenha matado. Eu sei que ele nunca seria capaz se tal coisa. Agora iríamos ficar juntos, eu conseguia senti-lo. Eu nuca seria capaz de viver sem ele e ele nunca seria capaz de viver sem mim.

Senti um beijo no ombro e rapidamente voltei à realidade. Olhei para ele e soltei um suspiro… não conseguia acreditar que era possível amar tanto uma pessoa como o amo a ele.

- Nunca me deixes - disse dando-lhe um beijo suave nos lábios.

- Vou ficar tão perto de ti que vais ficar cheia de me aturar - piscou-me o olho com um enorme sorriso e voltou a beijar-me.

Prefácio

Agora não havia nada que eu pudesse fazer. Ele iria morrer, o meu bebé não iria sobreviver a isto. Não podia permitir tal coisa, queria arranca-lo de dentro de mim para que não tivesse de passar por isto, mas sentia os braços paralisados. Queria chamar alguém, mas a minha voz estava presa no interior da minha garganta. Não, não era só ele que iria morrer, eu também morreria, eu nunca mais voltaria a ser a mesma.

Uma onda de fogo percorreu o meu corpo e eu finalmente encontrei a minha voz, estava demasiado fraca para pronunciar palavras, a única coisa que se ouviu foi um grito horrendo de sofrimento que se alastrou por toda a floresta.


Espero que gostem, comentem e deixem a vossa opinião. Beijinho, Cláudia :)